Então, o que significa ter um “bom design”? Bom design é algo subjetivo e depende da escola de pensamento que você preferir seguir.

Digamos que você tenha um ponto de vista modernista. Seus pilares para um bom design provavelmente consistem na simplicidade, clareza de pensamento e minimalismo. Ou seja: menos é mais.

Por outro lado, se você se identificar como um “maximalista”, sua ideia de um bom design é multi facetada e muito mais abstrata. Há um espaço maior para a sua expressão criativa. E, nessa visão, um bom design é sobre você colocar tudo pra fora. Talvez você até ache um design simples “sem vida”.

A verdade seja dita: não há uma resposta certa ou definitiva. Você pode estar em algum canto desse espectro que falei e ainda seguir o consenso geral daquilo que faz um bom design.

Você pode perguntar para 100 designers diferentes sobre o que é design e eles darão 100 respostas diferentes.

Não há um padrão universalmente aceito para o que é a beleza, o justo, ou até mesmo o valor de algo; o mesmo se aplica ao design. Quando você está trabalhando com um cliente, a sua ideia do que é ou não bom pode ser totalmente diferente daquilo que ele entende por “bom”. As preocupações dos seus cliente geralmente focarão em métricas quantificáveis: “Isso irá vender?”, “porque isso é importante para o meu negócio?”, “será que conseguiremos uma conversão?”.

Hoje nós somos capazes de quantificar e mensurar o impacto do design como nunca antes na história humana, o que nos dá mais um ponto para adicionarmos nas nossas credenciais: a prestação de contas. Os clientes precisam confiar que somos honestos em nossa abordagem e que podemos trazer valor para a mesa, porque quando os resultados acontecerem, veremos se nosso trabalho realmente é bem sucedido.

Não se engane: se você quer aprender design, um dos ponta pés iniciais é estudar tipografia.

Design é comunicação e para comunicar você precisa de palavras e sem texto para compor essas palavras, você fica meio “sem chão”. Há muito mais na tipografia e no trabalho tipográfico do que simplesmente escolher um tipo bonito. Você precisa entender como ele funciona, sua funcionalidade e como escolher o tipo apropriado para comunicar sua mensagem.

Quais softwares os designers utilizam na atualidade?

Os programas mais comuns estão centrados em torno da empresa Adobe, com seu software Adobe Creative Cloud. Esses softwares são conhecidos como Illustrator, Photoshop, XD, InDesign, entre outros.

Claro que existem outras alternativas a esses programas que possuem funções similares. Eu simplesmente sou fã da Adobe.

Para você aprender a manipular graficamente as palavras você precisa de programas que utilizam cálculos matemáticos para não perder qualidade visual se forem reduzidos ou aumentados. O programa ideal para fazer esse tipo de manipulação em formas gráficas e tipografia chama-se Illustrator.

O Photoshop, no entanto, é ideal para manipulação fotográfica e efeitos visuais estáticos pois a gama de opções de mesclagem, filtros e galerias é muito maior e muito mais completo para essa finalidade.

Se você quer aprender a trabalhar com Web Design, o ideal seria você começar estudando o funcionamento do programa Adobe XD que possui uma forma de trabalhar voltada para esse tipo de demanda, facilitando o compartilhamento entre membros de uma equipe e auxiliando na velocidade do trabalho.

Ou seja, todos os programas possuem funcionalidades específicas e você consegue sempre utilizá-los em conjunto para obter o resultado desejado.

O DESIGN GRÁFICO POSSÚI MUITOS SABORES.

Há uma certa confusão quanto aos tipos de design que você pode se especializar bem como suas aplicações práticas. E você ouvirá, frequentemente, as pessoas usarem esses seguintes termos de forma intercambiável: design gráfico, UX, UI, webdesign, design visual, design digital, etc. Vamos esclarecer tudo isso.

O design gráfico é o maior e mais amplo guarda-chuva sob o qual existem diferentes aplicações de nichos mais especializados.

O Design UX, que significa “design de experiência do usuário”, estuda como as pessoas se comportam em uma tomada de ação, depois adapta essa experiência (geralmente digital) com o objetivo de conseguir o que esses usuários a completem no menor número de passos possível. Normalmente os subprodutos do UX Design são análise de dados de websites ou pesquisas.

O termo mais comumente associado ao UX Design é o UI Design (User Interface – ou interface do usuário em português). Você provavelmente já viu alguém usando esse termo sendo usado por aí.

Enquanto os dois termos se complementam, eles são disciplinas diferentes. A interface do Usuário está mais preocupada com a aparência das coisas, a sensação que ela causa e as suas funcionalidades. O “Uxer” e o Designer de interfaces trabalham lado a lado para garantir que o usuário final tenha a melhor experiência digital possível.

Pense nos aplicativos que você usa todos os dias no seu celular. Existe toda uma gama de profissionais por de trás desses aplicativos para garantir que sua experiência seja excelente e que você passe muito tempo navegando dentro deles.

Sugiro essas páginas em inglês do Wikipedia para te auxiliar ainda mais no entendimento dos termos. É só clicar aqui.

E o design gráfico é uma carreira viável?

A resposta curta é “sim”. A gama em que os designers podem ser atuantes é realmente variada, inclusive dependendo de onde você mora e os contatos que você possui.

Inclusive, após o ano de 2020 onde a pandemia do Corona Virus se mostrou um desafio para diversos profissionais, o trabalho remoto se mostra cada vez mais eficiente e o número de empresários que busca por esse tipo de serviço aumentou 34,52% segundo o site Workana.

Portanto, mesmo que você mora em uma cidade menor ou acredita que não há muitas possibilidades de você crescer na carreira, lembre-se que eu até hoje moro em uma cidade que possui somente 40 mil habitantes e que eu consegui, através de esforço, repetição e relacionamento, galgar caminhos mais lucrativos pra mim e pro meu negócio. Não tenha medo de arriscar acreditar naquilo que você quer fazer.

Fazer faculdade de design hoje em dia? Avalie bem.

O caminho mais tradicional para se tornar um designer gráfico profissional é ir para algum programa de quatro anos em uma faculdade ou através de escolas privadas com programas mais rigorosos e intensificados de ensino.

Quando você está estudando em uma escola de arte (privada ou pública) há sim um ganho em experiência e um contato com as pessoas à sua volta bem como com profissionais da área. O problema é que, no Brasil, as escolas ou universidade privadas que possuem professores com um gabarito requintado geralmente são muito caras e fora da realidade de 90% dos brasileiros.

Sem contar que na maioria das vezes você se limitará a aprender aquilo que a profissão exige e não entenderá o lado “business” do design.

E o que eu mais vi na minha experiência profissional foram designers que saíram da faculdade e não conseguiram emprego. Ou seja, um desastre e uma tremenda desmotivação.

Há uma solução melhor?

Eu mesmo cursei faculdade mas desisti no 6º semestre. Não via muito sentido naquilo que estava aprendendo (à época Publicidade e Propaganda) e consegui, graças a alguns contatos, adentrar no mundo profissional sem experiência prévia. Isso me ajudou a entender o contexto onde eu vivia mesmo me sentindo totalmente deslocado.

Com o passar do tempo eu me aprimorei, usei a internet para aprender e de lá pra cá minha vida só melhorou.

Não diria que há uma solução melhor ou pior, há a decisão que você precisará fazer para tomar as redes da sua vida. E a internet hoje em dia te ajuda com isso.